Dra Luisa Ginecologista

Terapia Hormonal na Menopausa: prós e contras

Você provavelmente já ouviu falar sobre o uso de terapia de reposição hormonal na menopausa, certo? Mas você sabe quais são os prós e contras desse tipo de tratamento?

A menopausa é um momento de grandes mudanças, desafios e de algumas incertezas sobre nós mesmas e sobre o nosso próprio corpo para a grande maioria das mulheres, justamente por conta de todos os sintomas que costumam se manifestar nesta fase.

É aí que entra em cena a famosa reposição hormonal na menopausa, uma opção de tratamento que visa minimizar os impactos desse momento de transformação e promover a qualidade de vida das mulheres.

No entanto, antes de decidir colocar a terapia hormonal em prática, é muito importante que as mulheres conheçam os prós e contras dessa terapia. Afinal, tomar essa decisão não é fácil. Por isso, é essencial entender todos os aspectos que estão envolvidos.

Se você tem dúvidas sobre terapia hormonal na menopausa, continue acompanhando esse conteúdo para entender um pouco melhor sobre o assunto!

Menopausa: o que é terapia de reposição hormonal e quais os riscos e  benefícios - BBC News Brasil

Por que a reposição hormonal divide opiniões?

A reposição hormonal na menopausa é um tema que gera muitas opiniões divergentes e há várias razões para isso.

Uma das principais é a preocupação com os potenciais efeitos colaterais que podem estar associados a esse tipo de tratamento. 

Durante muitos anos a terapia hormonal foi associada ao aumento do risco de câncer de mama e de doenças tromboembólicas. Isso resultou de um grande estudo publicado no início dos anos 2000. Naquela época, a dose, o tipo e a via de administração dos hormônios era muito diferente das utilizadas hoje em dia. 

Isso levou algumas mulheres a se tornarem mais relutantes na hora de buscar esse tipo de terapia, mesmo quando elas se encontram sofrendo com sintomas persistentes da menopausa.

Atualmente, após muita pesquisa e desenvolvimento de novas formas de aplicação dos hormônios, a reposição hormonal se tornou, de forma muito segura, uma aliada no alívio dos sintomas da menopausa e na  melhora da qualidade de vida das mulheres.

Por conta de tantas opiniões diferentes, é muito importante que as mulheres tenham acesso a informações mais precisas sobre os prós e contras desse tratamento. Assim, elas poderão tomar decisões mais informadas em relação à sua própria saúde.

Reposição hormonal na menopausa e seus efeitos colaterais

A reposição hormonal na menopausa, apesar de ser um tratamento que pode trazer alívio para os sintomas desconfortáveis desse período, como ondas de calor, alterações de humor e ressecamento vaginal, também está associada a alguns riscos e por isso precisa ser avaliada individualmente para cada mulher. 

Mulheres com história de câncer de mama ou lesões precursoras, por exemplo, apresentam maior risco de novo tumor e por isso apresentam contraindicação ao uso da reposição hormonal. 

Em alguns tipos de reposição hormonal, principalmente por via oral, pode haver um aumento, ainda que discreto, nos eventos tromboembólicos. Por isso, atualmente optamos por hormônios “bioidênticos” (ou seja, mais semelhantes aos produzidos pelo nosso corpo) e por via não oral. Converse com seu ginecologista!

Outro ponto interessante é o risco de lesões precursoras e câncer de endométrio. Quem já entende um pouco sobre a reposição hormonal sabe que o uso da progesterona em mulheres com útero é exatamente para evitar a proliferação da camada interna do útero (o endométrio) e evitar lesões hiperplásicas e possíveis neoplasias locais. O uso da progesterona, também em sua forma “natural” e na dose e tempo correto é segura e protege com eficácia esse risco citado. 

Alguns efeitos colaterais comuns incluem dores nas mamas, náuseas, dores de cabeça e sangramento vaginal irregular, que podem ser contornados com uso da medicação na dose correta e pela melhor escolha do hormônio, dando preferência sempre aos hormônios “bioidênticos”. 

Também é importante ressaltar que nem todas as mulheres vão experimentar esses efeitos colaterais.

Além disso, o benefício da reposição hormonal pode superar os riscos em muitos casos, principalmente se o tratamento for por um profissional especializado no assunto.

Quais são os benefícios da reposição hormonal na menopausa?

A reposição hormonal na menopausa pode oferecer muitos benefícios extremamente importantes para as mulheres que estão passando por essa fase de transição, sendo alguns dos principais:

Alívio dos sintomas da menopausa

A reposição hormonal pode ajudar no alívio de sintomas como ondas de calor, suores noturnos, irritabilidade, alterações de humor e dificuldades para dormir.

Isso ajuda a melhorar a qualidade de vida das mulheres que enfrentam esses desconfortos durante a menopausa.

Melhora da saúde óssea e prevenção da osteoporose 

O estrogênio é um hormônio essencial para a manutenção da densidade óssea. Durante a menopausa, os níveis de estrogênio diminuem, o que pode levar a uma maior perda óssea e ao aumento do risco de osteoporose e fraturas. 

Por isso, a reposição hormonal pode ajudar a prevenir a perda óssea e a reduzir o risco de fraturas.

Saúde cardiovascular

Alguns estudos indicam que a reposição hormonal pode ter efeitos benéficos para o sistema cardiovascular, podendo ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, como doença coronariana e acidente vascular cerebral (AVC).

Melhora da saúde vaginal

A reposição hormonal ajuda a aliviar o ressecamento vaginal, a coceira e a dor durante as relações sexuais, sintomas bastante comuns da menopausa.

Quando há indicação para a terapia hormonal na menopausa?

A reposição hormonal é indicada principalmente para mulheres que estão enfrentando sintomas graves da menopausa a ponto de afetar a sua qualidade de vida.

Alguns dos sintomas que podem levar à recomendação da reposição hormonal incluem a presença de ondas de calor intensas, problemas de sono, alterações de humor, atrofia vaginal ou ainda a necessidade de prevenção/tratamento da osteoporose em alguns casos.

Esses sintomas podem ser bastante debilitantes e preocupantes, interferindo diretamente nas atividades diárias das mulheres, fazendo com que seja necessário considerar a reposição hormonal como uma opção de tratamento para evitar que saúde e o bem-estar sejam afetados.

Contudo, a decisão de iniciar a reposição hormonal deve ser individualizada e baseada em uma avaliação completa do histórico médico, dos sintomas e dos principais fatores de risco de cada mulher.

Se você deseja obter orientação personalizada sobre esse assunto, te convidamos a agendar uma consulta com a Dra. Luísa Zorzanelli, ginecologista especializada em diversas áreas da saúde da mulher.

Para ter acesso a mais informações e para agendar a sua consulta, visite o nosso site!

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