A menopausa precoce, que hoje é conhecida como insuficiência ovariana prematura (IOP), é uma condição que resulta na interrupção precoce da função ovariana. Dessa forma, leva à diminuição e interrupção da produção de hormônios sexuais femininos e dos ciclos menstruais.
Normalmente, a menopausa ocorre em torno dos 48-50 anos, trazendo consigo mudanças hormonais e físicas muito importantes.
Mas quando ela ocorre de forma prematura ou seja antes dos 40 anos, pode acabar apresentando riscos maiores a alguns aspectos da saúde da mulher, como os ossos e a proteção cardiovascular, além de impactar diretamente na qualidade de vida das mulheres.
Por isso, é muito importante ter conhecimento do assunto para identificar quaisquer sinais de insuficiência ovariana prematura. Assim, é possível adotar as melhores medidas possíveis para enfrentar essa condição da forma certa.
Portanto, vamos falar um pouco mais sobre a menopausa precoce, seus principais sintomas e características, bem como as possibilidades de tratamento. Acompanhe!
O que é a menopausa precoce?
A menopausa precoce, ou insuficiência ovariana prematura (IOP), é uma condição diagnosticada quando os ovários de uma mulher param de funcionar antes dos 40 anos, interrompendo precocemente a função reprodutiva da mulher.
Em outras palavras, quando a menopausa começa a acontecer antes do prazo.
Geralmente, a menopausa ocorre por volta dos 50 anos, quando os ovários começam naturalmente a diminuir a sua produção de hormônios sexuais femininos, como o estrogênio e a progesterona. Desse modo, leva ao fim dos ciclos menstruais em determinado momento.
No entanto, nos quadros de insuficiência ovariana prematura a interrupção na produção hormonal de maneira precoce pode gerar um risco à saúde óssea, cardiovascular, sexual e emocional da mulher em uma idade em que a vida está em plena ascensão.
Por que ela acontece?
A menopausa precoce pode acontecer por conta de uma variedade de fatores. Mas os principais incluem:
- Fatores genéticos: histórico familiar dessa condição precoce pode aumentar o risco de uma mulher também desenvolver a condição.
- Doenças autoimunes: algumas condições autoimunes, como distúrbios da tireoide, da glândula adrenal (síndrome de Addison), dentre outros.
- Alguns tipos de tratamentos médicos: tratamentos como quimioterapia e radioterapia bastante utilizados no tratamento do câncer, também podem danificar os ovários e levar a situações de menopausa precoce.
- Distúrbios cromossômicos: condições genéticas, como a síndrome de Turner e outras mutações, podem estar associadas à menopausa precoce por conta das anormalidades cromossômicas que afetam a função ovariana.
- Sem causa definida/Idiopática: a maioria dos casos de IOP ainda não apresenta uma causa definida conhecida, o que chamamos de Idiopática.
Principais sintomas
Existem alguns sintomas que podem indicar que uma mulher está passando pela menopausa precoce. Eles são bastante semelhantes aos que já conhecemos na menopausa natural, mas com o diferencial de começarem antes do tempo.
Dessa forma, alguns dos sintomas mais comuns podem incluir:
- Irregularidades nas menstruações: menstruações mais espaçadas, períodos menstruais ausentes por vários meses, ausência completa de menstruação, etc.
- Ondas de calor: ondas de calor súbitas e intensas que se caracterizam por sensações de calor repentino no tronco e face, acompanhadas de sudorese e palpitações.
- Sintomas urogenitais: ressecamento vaginal, coceira, ardor e/ou dor durante a prática de relações sexuais.
- Alterações de humor: quadros de alterações de humor que podem incluir sintomas como irritabilidade, ansiedade, nervosismo, depressão e dificuldade de concentração.
- Distúrbios do sono: insônia, dificuldade para conseguir dormir ou então para manter o sono durante a noite toda.
- Sintomas sexuais: além da secura vaginal, a diminuição da libido (desejo sexual), também podem ser sinais de menopausa precoce.
- Alterações no peso corporal: ganho de peso e alterações no metabolismo.
É possível identificar a menopausa precoce antes que ela aconteça?
É possível identificar o risco de menopausa precoce antes que ela ocorra, mas saber exatamente o momento exato em que ela pode acontecer não é fácil.
Por isso, manter consultas de acompanhamento ginecológico anualmente e ficar de olho em quaisquer sinais de mudanças no corpo é indispensável, principalmente se a mulher já possui um histórico familiar de insuficiência ovariana prematura.
Para as médicas ginecologistas, existem alguns indicadores e fatores de risco que podem sugerir uma maior probabilidade de menopausa precoce, como:
- Histórico familiar,
- Presença de algum distúrbio genético,
- Realização de tratamentos médicos que possam elevar o risco,
- Doenças autoimunes,
Com um acompanhamento ginecológico correto, é possível identificar quadros de menopausa precoce e tomar as medidas para lidar com esse momento da melhor forma, sem ter a qualidade de vida afetada.
É possível tratar a menopausa precoce?
Sim, a menopausa precoce tem tratamento. E o objetivo principal é aliviar os sintomas, minimizar os riscos de complicações e melhorar a qualidade de vida das mulheres.
Geralmente, a terapia de reposição hormonal, que envolve o uso de estrogênio ou uma combinação de estrogênio e progesterona, pode ajudar a aliviar muitos dos sintomas da menopausa precoce, como ondas de calor, secura vaginal e alterações de humor e também reduzir o risco de doenças cardiovasculares e de perda óssea.
Além disso, a suplementação de cálcio e de vitamina D também é muito importante neste processo por conta da saúde óssea. Afinal, a chegada da menopausa aumenta o risco de osteoporose.
Portanto, ter uma profissional de confiança e especializada no assunto faz toda a diferença na hora de identificar, diagnosticar e tratar a menopausa precoce.
Se você acredita que pode estar passando por um quadro de menopausa precoce e deseja receber apoio especializado, agende uma consulta com a Dra. Luísa Zorzanelli para iniciar o seu tratamento o quanto antes!
Quanto mais cedo você iniciar os cuidados e os tratamentos adequados, melhor será para a sua saúde e para a sua qualidade de vida!
