A Terapia de Reposição Hormonal (TRH) é um assunto que gera muitos debates e, muitas vezes, diversas confusões entre as mulheres, principalmente aquelas que estão passando pela menopausa e começam a estudar mais sobre o tema.
Com o aumento da conscientização sobre a saúde feminina, muitas mulheres se perguntam sobre os reais benefícios e riscos desse tipo de tratamento.
De fato, apesar de ser uma opção eficaz para aliviar sintomas comuns da menopausa que podem ser bastante incômodos, a TRH também é cercada de mitos que podem levar a medos e hesitações desnecessárias.
Por isso, preparamos este conteúdo para compartilhar algumas informações precisas sobre a TRH, visando esclarecer como essa terapia pode oferecer benefícios para a saúde das mulheres na menopausa.Além disso, também vamos discutir os principais riscos associados de maneira equilibrada. Continue acompanhando para conferir tudo!
Mitos e Verdades sobre a Terapia de Reposição Hormonal
Mito 1: A Terapia de Reposição Hormonal aumenta o risco de câncer
O mito de que a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) aumenta as chances de desenvolvimento de câncer é um dos mais disseminados entre mulheres que estão na fase de considerar esse tratamento.
Muitas vezes, esse medo é ainda mais enfatizado por estudos antigos que associavam a TRH, principalmente na sua forma combinada de estrogênio e progesterona, a um aumento no risco de câncer de mama.
No entanto, estudos mais modernos mostram que, na verdade, o risco de câncer de mama associado à TRH é mais complexo do que uma simples relação de causa e efeito.
O aumento do risco pode ser mais pronunciado em mulheres que utilizam a terapia por longos períodos. Mas esse risco costuma ser muito pequeno e pode sofrer influência de outros fatores, como histórico familiar, estilo de vida e idade.
Além disso, é importante que as mulheres entendam que a TRH pode oferecer proteção contra outros tipos de câncer dependendo da terapia utilizada. É o caso do câncer de colo do útero e o câncer de endométrio, por exemplo.
Mito 2: A Terapia de Reposição Hormonal é perigosa para a saúde cardiovascular
O mito de que a TRH impõe perigos para a saúde cardiovascular é uma crença que tem causado bastante preocupação entre muitas mulheres. Aliás, pode levar até mesmo a casos de hesitação.
De fato, algumas pesquisas iniciais levantaram questões sobre a segurança da TRH, ainda mais em relação ao aumento do risco de doenças cardíacas.
Contudo, as evidências mais recentes oferecem uma visão mais clara sobre o que realmente pode e não pode acontecer.
Na verdade, a TRH pode trazer alguns benefícios cardiovasculares importantes para certas mulheres. Algumas pacientes que iniciam a terapia logo após a menopausa, por exemplo, podem notar uma redução do risco cardiovascular.
Isso ocorre porque os hormônios, em especial o estrogênio, têm um efeito protetor sobre o sistema cardiovascular. Afinal, eles ajudam a manter a saúde dos vasos sanguíneos e a regular os níveis de colesterol.
Além disso, a maneira como a TRH é administrada também acaba tendo um impacto importante nesse quesito.
A escolha da forma de hormônios (oral, transdérmica ou em gel) e a combinação de estrogênio com progesterona podem influenciar os efeitos sobre a saúde cardiovascular.
As mulheres com risco elevado de doenças cardíacas ou que já apresentam condições pré-existentes precisam discutir esses fatores com a sua ginecologista. Isso é importante para entender quando a TRH pode ser benéfica e quando ela pode elevar os riscos.
Mito 3: A TRH apenas alivia sintomas da menopausa e não tem outros benefícios
O mito de que a Terapia de Reposição Hormonal serve apenas para aliviar os sintomas da menopausa sem oferecer outros benefícios, também é uma percepção comum, mas incorreta sobre esse tipo de tratamento.
Embora a TRH seja muito utilizada para tratar sintomas comuns da menopausa, como as alterações mais bruscas de humor, as ondas de calor e o aumento do suor, as suas vantagens vão muito além do alívio desses sintomas.
Estudos demonstram que a TRH pode ter efeitos positivos em várias áreas da saúde da mulher. Mas um dos benefícios mais importantes é a proteção contra a perda óssea.
Durante a menopausa, a redução dos níveis de estrogênio pode levar à osteoporose, aumentando o risco de fraturas.
Nesse sentido, uma TRH bem feita pode ajudar a manter a densidade óssea e prevenir essas complicações.
Além disso, a TRH também pode ter um impacto positivo na saúde cardiovascular.
Como mencionamos anteriormente, quando sua administração ocorre da forma correta e em mulheres que iniciam o tratamento no período certo, a terapia pode contribuir diretamente para a saúde do coração.
Dessa forma, ela ajuda a regular os níveis de colesterol e a proteger os vasos sanguíneos.
Outro benefício que muitas mulheres não conhecem é a melhora na qualidade de vida geral.
Afinal, a redução dos sintomas da menopausa pode resultar em um sono melhor, aumento de energia e uma sensação geral de bem-estar e de felicidade consigo mesma.
Além disso, a TRH pode ajudar na saúde mental, diminuindo o risco de depressão e ansiedade em mulheres durante a menopausa.
Mito 4: A Terapia de Reposição Hormonal utiliza doses elevadas de hormônios
O mito de que a TRH utiliza doses elevadas de hormônios pode gerar receios desnecessários em muitas mulheres.
Na realidade, a TRH tem como objetivo fornecer doses ajustadas de hormônios que imitam os níveis naturais do corpo ao longo do período da menopausa. Afinal, é quando a produção hormonal diminui naturalmente no organismo feminino.
Portanto, a dosagem de hormônios na TRH varia conforme as necessidades de cada paciente. Então, as médicas geralmente iniciam o tratamento com a menor dose eficaz, monitorando a resposta da paciente e ajustando conforme necessário.
Mito 5: O tratamento deve durar o resto da vida
Por fim, mas não menos importante, existe o mito de que a Terapia de Reposição Hormonal deve durar por toda a vida da mulher quando, na verdade, a necessidade de continuar o tratamento depende de uma série de fatores individuais.
A TRH costuma aliviar os sintomas da menopausa e muitas mulheres acabam notando uma diminuição desses sintomas ao longo do tempo, conforme o corpo se ajusta às mudanças hormonais.
Isso significa que, para a grande maioria das mulheres, a TRH não é mais necessária após alguns anos de tratamento.
Portanto, em muitos casos, as mulheres podem optar por interromper a TRH gradualmente à medida que se sentem mais confortáveis e estáveis.
Isso ajuda a ressaltar a necessidade de cada mulher ter um plano de tratamento personalizado para a Terapia de Reposição Hormonal.
Afinal, isso garante que ela esteja adequada para as suas necessidades individuais e oferecendo os resultados esperados.
A Dra. Luisa Zorzanelli, especialista em saúde da mulher, pode oferecer ajuda personalizada para esse processo, com orientação clara e baseada em evidências.
Com uma abordagem correta, é possível encontrar a solução mais eficaz para cada fase da vida da mulher, garantindo a melhor gestão possível dos sintomas e dos riscos.
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