Dra Luisa Ginecologista

DIU

Mitos e Verdades sobre o DIU: desvendando conceitos equivocados

Você conhece os principais mitos e verdades sobre o DIU?

Desde a sua introdução como um método contraceptivo, o DIU tem sido envolvido em uma série de mitos e de dúvidas. Muitas vezes, podem deixar as mulheres confusas sobre a sua real funcionalidade, segurança e eficiência.

Para muitas mulheres, decidir sobre usar ou não este método contraceptivo pode ser um processo lento e cheio de questões.

Afinal, são tantas informações incorretas por aí, que fica realmente difícil confiar e decidir qual método utilizar.

Pensando nisso, desenvolvemos este post para esclarecer todos esses equívocos, fornecendo uma análise mais completa e baseada em evidências científicas para mulheres no processo de decidir se vão optar pelo DIU ou não.

Nos próximos parágrafos vamos explorar mais sobre as verdades do DIU, desmistificando algumas ideias equivocadas e oferecendo informações importantes para que você possa tomar a melhor decisão. Acompanhe!

Mitos e Verdades sobre o DIU

Confira a seguir, os principais mitos e verdades a respeito do DIU que podem causar muitas dúvidas nas mulheres.

Mito: a inserção do DIU é perigosa 

Quando falamos em mitos e verdades sobre o DIU, um dos principais equívocos é a crença de que ele apresenta  risco elevado de perfurações uterinas e deslocamento do útero e aderência a órgãos da cavidade abdominal. 

No entanto, é muito importante esclarecer que o DIU costuma ser extremamente seguro quando inserido por profissionais qualificados.

Quando falamos em complicações graves, como perfuração uterina, elas são extremamente raras, ocorrendo em menos de 1% dos casos, especialmente em casos de mulheres com anatomia uterina atípica ou em inserções inexperientes.

Além disso, outras preocupações como a expulsão ou deslocamento do DIU e chances de infecção uterina apesar de realmente existirem, são raras e rapidamente diagnosticadas quando a mulher segue o acompanhamento correto após a inserção. 

Portanto, apesar do DIU não estar totalmente isento de riscos, assim como com qualquer outro método contraceptivo, os benefícios que esse método pode proporcionar para a vida das mulheres superam muito os potenciais problemas.

Por isso, podemos dizer que se trata de uma opção segura e eficaz.

Mito: é um método de baixa eficácia e pior do que as pílulas

Outro equívoco muito comum que surge por conta de uma compreensão limitada sobre a sua eficácia em comparação com outros métodos contraceptivos é a de que o DIU é menos eficaz.

Seja ele hormonal ou de cobre, este é um dos métodos contraceptivos mais eficazes que temos disponível atualmente, com uma taxa de falha extremamente baixa e uma taxa de sucesso superior a 99%.

Comparado a métodos como pílulas anticoncepcionais, por exemplo, que tem uma eficácia entre 91% e 99%, dependendo da consistência com que são tomadas, o DIU é considerado ainda mais confiável.

Afinal, ele elimina o erro humano associado ao esquecimento de ingerir essa dose diária necessária.

Além da sua eficácia, ele também oferece a conveniência de longo prazo, proporcionando uma proteção contraceptiva por vários anos (de 5 a 10 anos, dependendo do tipo), sem necessidade de intervenção diária.

Após a inserção, o DIU não necessita de nenhum tipo de manutenção diária para funcionar, diferente de métodos como preservativos ou pílulas que exigem uso consistente.

Mito: usar DIU pode aumentar o risco de infertilidade futura

Sem dúvida, esse é um dos mitos que mais levantam preocupações para as mulheres, aumentando o medo e o receio de utilizar o DIU como método contraceptivo.

Na verdade, quando olhamos para alguns estudos científicos, fica evidente que o uso adequado do DIU não aumenta o risco de infertilidade e não afeta a “saúde” uterina. 

Após a remoção do DIU, a maioria das mulheres consegue retornar à fertilidade normal sem quaisquer complicações e de forma rápida.

Isso porque o DIU age dentro do útero, seja liberando hormônios ou através do cobre. Porém, ele não interfere na função dos ovários ou nas tubas uterinas, essenciais para a fertilidade.

Então, ao retirá-lo, a capacidade de engravidar retorna normalmente. Mas, de modo geral, a maioria das mulheres precisa de alguns ciclos menstruais para regularizar os seus ciclos. Contudo, isso não afeta permanentemente a sua fertilidade.

Mito: o DIU pode se deslocar do útero após atividade física ou sexual

Há por aí muitos relatos de que o DIU saiu ou se deslocou dentro do útero. Isso pode acabar levantando preocupações sobre a sua segurança e eficácia como um método contraceptivo. Contudo, esses acontecimentos não são comuns.

A inserção deste método no útero deve ser por uma profissional qualificada que já conheça o processo de implantação do DIU. Assim, é possível garantir a fixação correta.

Algumas mulheres realmente podem apresentar o deslocamento ou até a expulsão do DIU, mas isso não ocorre por atividade física intensa ou atividade sexual. Não se sabe ao certo porque algumas mulheres expulsam o DIU, mas sabe-se que a chance é maior se a mulher já apresentou uma expulsão prévia e quando o DIU é inserido no pós parto imediato. 

Por isso, o acompanhamento após a inserção é tão importante. Quando acontece, o deslocamento pode causar cólica abdominal e alterações menstruais, permitindo que a mulher possa desconfiar do ocorrido. 

Mito: o DIU sempre aumenta a cólica e o sangramento

De fato, não podemos negar que o impacto deste método no ciclo menstrual pode variar de uma mulher para outra. E algumas mulheres, principalmente aquelas com cólica menstrual prévia, o DIU de cobre pode levar a cólicas mais intensas nos primeiros meses após a inserção. Porém, esse sintoma é variável e costuma melhorar após a chamada “fase de adaptação”, que seriam os primeiros 6 meses a 1 ano da inserção. Isso é válido também para o aumento no fluxo menstrual. 

No caso do DIU hormonal (Mirena ou Kyleena) geralmente acontece exatamente o contrário: a melhora da cólica e redução do fluxo menstrual, tanto é verdade que hoje ele é usado para tratamento e controle de sintomas de endometriose e mioma por exemplo. 

Mito: o DIU é abortivo

O modo de ação do DIU não envolve em hipótese alguma a “morte” direta de um embrião. Pelo contrário, o DIU age interferindo que o espermatozóide alcance o óvulo e aconteça a fecundação, além de alterar a receptividade do útero à gestação. 

Mito: o não pode ser inserido em mulheres que nunca engravidaram 

O DIU pode ser inserido sem nenhum problema em mulheres que nunca engravidaram, inclusive é um método excelente para adolescentes que começaram a vida sexual e não desejam engravidar tão cedo, pela sua eficácia e praticidade. O tamanho do útero dificilmente vai ser uma barreira para a inserção do DIU, em raros casos de mulheres cujo volume uterino não comporte o DIU, pode ser lançado mão de dispositivos menores, chamados de “mini” DIUs. 

Por isso, é essencial discutir qualquer preocupação sobre os dispositivos intrauterinos com uma profissional especializada no assunto. 

Assim, fica mais fácil entender se este método contraceptivo é a melhor opção para você com base no seu histórico e nas suas necessidades.

Se você está pensando em usar DIU, mas ainda tem dúvidas que gostaria de tirar com uma profissional especializada, agende agora mesmo a sua consulta com a Dra. Luísa Zorzanelli!

Com experiência em saúde feminina e métodos contraceptivos, a Dra. Luísa pode te ajudar a entender qual é o melhor método para você e para a sua saúde.

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